domingo, 14 de agosto de 2016

Ecos abissais - uma velha canção num toca-fitas

"Se estar entre as pessoas
Lhe afoga em solidão
Se o abrigo mais seguro
Está no seu coração,
Não se acanhe, feche a porta
Leve o peso que suporta
Livre-se da ilusão


E se mesmo assim, for duro
Um abismo interior
Se andar nesses caminhos
For um fardo assustador
Se em si há um deserto
E se não enxerga perto
Um auxílio a seu favor.

Não desista da jornada
Mesmo só, mesmo cansado
Pois, ainda existe o belo
Nesse imenso descampado
Dos espinhos brotam flores
Amenize suas dores
Eu um pôr-do-sol dourado

Tenha sempre esperança
Não se entregue ao desalento
Vislumbre qualquer abismo
Sinta a carícia do vento
Mas, pondere, não se atire
Seu olhar ao longe, mire
Distante do pessimismo

Rebusque suas memórias
Ache a graça esquecida
Retorne aos seus princípios
Gaste a mágoa reprimida
Ache seu “eu” verdadeiro
Faça o amor ser rotineiro
E tudo transforme em vida!"




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