Do cerne do ser brotam os mais diversos sentimentos, às vezes em confusão e às vezes tão claros quanto a albina face da manhã.
Quando esses sentimentos ultrapassam o campo da emoção, buscam escape pelo corpo, porém, a duras penas, represados, tornam-se torrente bravia que não cabem no peito e lutam como gladiadores até conseguirem se manifestar.
Tomado por esses sentimentos, de gênese inconsciente e agora elucidados no emaranhado das sinapses, o corpo os expressa fluidamente, em lágrimas ou suores, em soluços entre sorrisos, gemidos, suspiros e outras manifestações por vezes incompreensíveis a quem não vive essa experiência em si.
Pra quem vive em repressão, deixar escorrer de si essa tempestade, mesmo nos momentos mais improváveis é um alívio sem medida.
O estranhamento é inevitável, mas a esse nível de entendimento e constantes feedbacks, nada vem a ser negativo.
É tempo de libertação.
E está tudo em paz, mesmo que o pranto rasgue o véu da noite num instante de prazer.
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