Porque não consigo me lembrar da maciez e do perfume dos seus cabelos...
Esqueci o quanto são lindos e expressivos seus olhos castanhos, o quanto são doces seus longos cílios e as suas marcantes sobrancelhas...
Nem lembro seu nariz afilado que mais parece uma escultura geométrica...
Nem sei mais da sua boca com seu alvo sorriso, emoldurada por seu cavanhaque de Quixote que denuncia um pouco de sua história em alguns fios brancos...
Parece que esqueci seu cheiro de macho, seus braços fortes, suas pernas torneadas...
Como é mesmo seu colo, que me acolhe, onde me encaixo nos momentos de paz e prazer?
O conforto do seu toque e o abrigo do seu abraço de urso, como são?
Não, não lembro, esqueci...
Esqueci que você é moreno, alto, másculo...
Esqueci até do seu nome que rima com manhã, romã, vã...
Quando você voltar, me lembra?
Quero escrever uma poesia pra você.
Poesia sensível, sem deixar de expressar o lado humorístico de quem ama e pretende amar o que há para ser amado.
ResponderExcluirSim! Pretendo amar o que há para ser amado. E aquilo que não puder ser amado será sempre respeitado, pois, cada um é um universo em que cabem tanto calmas e fascinantes nebulosas, quanto obscuros buracos-negros.
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