terça-feira, 25 de abril de 2017

Alma perdida


Vaga a "alma perdida" à procura da luz
Mas distrai-se em penumbras,
Calores, carinhos, sussurros,
Olhares de maldade inocente
Que atravessaram seu caminho.

Lábios, seios, abraços,
Abdome, umbigo,
E aquele pedaço... inteiro de mal caminho.
A anatomia, arquitetura,
Engenharia engenhosamente construída
Para represar rios de desejo.

Em todo o corpo o desejo
Em cada carícia o pedaço de um coração
Outro coração
De outra alma perdida
Que também vaga à procura da luz
Mas se deixa levar por outras veredas.

E vão no breu as duas almas
Como náufragos sem bússola
Tateando no escuro
Buscando-se como ímãs
Seguindo apenas o chamado inconsciente
Para mais uma noite de amor.

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